domingo, 30 de janeiro de 2011

O complicado mundo das emoções...

O neuro-cientista António Damásio diz que são responsáveis pela nossa capacidade de decidir.
Ao contrario do que se pensou durante muito tempo o melhor gestor não é aquele que é capaz de tomar decisões ignorando as emoções, mas aquele que é capaz de tomar as melhores decisões com as emoções que tem.
A emoção é fundamental para o processo de decisão, quando a parte onde elas são processadas no cérebro é destruída por alguma razão a pessoa perde a capacidade de decidir entre coisas tão simples como comer um iogurte de banana ou de morango, apesar de ter toda a restante parte do raciocínio funcional!
Tornam-nos quem somos, são as nossas emoções que nos definem.
Por muito que alguém nos diga que gosta de nós, só acreditamos quando achamos que a pessoa "sentiu" aquilo que disse. Somos treinados desde que nascemos a ler emoções. Uns são muito melhores que outros a fazer está leitura, no entanto.
São praticamente incontroláveis, e quanto maior o stress, menor o controlo que temos sobre elas.
Numa discussão facilmente de apoderem de nós levando-nos a magoar as pessoas de que mais gostamos.
Fazem parte de nós, coisas como "não tinha intenção de te magoar", por muito verdadeiras que possam ser não têm sentido.
Não são as nossas intenções que nos definem mas as nossas acções e se queremos ter algum controlo sobre elas temos de aprender a controlar algumas das nossas emoções.
Um momento pode ser insignificante mas também pode mudar a nossa vida para sempre.
Coisas que demoram apenas 1 segundo a dizer podem magoar alguém para a vida toda, mesmo que tenham sido ditas de forma descontrolada com mais emoção que razão.
Quero continuar a amar sem saber o porquê, a sentir a felicidade sem perguntar o como, o prazer sem questionar a razão, no entanto há coisas na minha vida sobre as quais quero ter o controlo.
Há emoções que vou aprender a controlar, não quero magoar mais as pessoas que amo apenas porque de forma descontrola não consegui reconhecer um erro e o aumentei de forma exponencial devido a reacção precipitadas e sem fundamento.
A partir de hoje em todas as discussões que tiver vou pensar porque razão é que as estou a ter, se tenho razão naquilo que estou a dizer e se valem a pena.
A partir de hoje vou controlar algumas das minhas emoções!



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Uma tareia de vida...

Todos temos aqueles momentos em que nada parece correr bem.
O nosso mundo vira-se de pernas para o ar e a nossa vida embrulha-se toda.
Olhamos para aquele tremendo emaranhado e a única palavra que nos vem à cabeça é a palavra impossível.
Choramos, fechamos-nos no nosso casulo e esperamos que algo ou alguém nos ajude na tarefa dantesca de agarrarmos numa das pontinhas e começarmos desembaraçar aquele monte de vida.
Todos temos o direito ao nosso "time out", àquele bocadinho só nosso em que ficamos deitados a ganhar força e a tentar perceber o que se está a passar à nossa volta.
Mas chega uma altura em que temos que nos levantar e viver, viver com tudo o que temos.
Se podemos cair novamente? Sem dúvida.
Se pode doer outra vez? Claro que pode.
Mas quando houver uma possibilidade, por muito pequenina que seja de sermos felizes temos de lutar por ela com tudo o que temos.
Golpes baixos, golpes médios e golpes altos... não interessa o método que usamos.
Podemos levar uma tremenda tareia da vida, mas a vida também nos pode dar momentos absolutamente maravilhosos.
Cada dia é um novo mundo de oportunidades...
Esta vida até pode não ser perfeita mas tem sem dúvida momentos fantásticos!


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O jogo da sedução...




É um jogo antigo em que se pode ganhar ou perder tudo.
Poucos são aqueles que ainda o jogam, as apostas são altas e é preciso saber jogar.
Aqui os derrotados e os vencedores vêm aos pares e estão sempre em equipas opostas.
A mestria não está na estratégia mas nos adversários que escolhemos, quando mais fortes e quanto mais luta derem, maior será a probabilidade de partilha da vitória.
A confiança é o trunfo e a vida o baralho.
A vida é demasiado curta para a vivermos com medo, ela trás-nos muitas oportunidades, muitas novas partidas, sem risco o prémio também não poderá ser muito grande.
Que os jogos comecem...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mensagem surpresa!

6 tarde o telemóvel treme... uma mensagem.
Vou a abrir a mensagem o texto pergunta:
"Tas ocupado logo à noite?"
A minha resposta é quase instantânea: "Não"
Nova mensagem de volta 15 segundos depois: "Estava a pensar que podíamos ir ao cinema ou assim".
Pesquisa rápida no google, e reparo que o Burlesque ainda estava em cartaz.
"Há uns temos que ando para ver o Burlesque, 21:10 em tua casa, o que te parece"
"Perfeito".
E assim ficou combinada a ida ao cinema!
Simples, sem complicações com uma amiga com quem já não falava à algum tempo.
Passei um serão fantástico, o filme satisfez as minhas expectativas que eram bastante grandes, e diverti-me à séria.
Sabe-me tão bem planos de última hora, assim no momento.
A vida é inesperada e fantástica!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Fantasia de Verão!

O dia não podia ter sido melhor, nunca a tinha visto tão feliz.

As várias horas que fizemos de carro passaram sem esforço, a recordar os momentos maravilhosos do dia, ela não parava de contar outra e outra vez o que tinha sentido ao saber o que ia acontecer.

Durante aquelas 3 horas de viagem tive a certeza ter planeado um óptimo dia.

Perguntei-lhe se não queria passar por minha casa, estava a começar a sentir aquele aperto no coração que antecipava a despedida, depois daquele dia não queria deixá-la fugir, sabia que aquela seria a melhor oportunidade que alguma vez teria.

Chegamos a minha casa com os últimos raios de sol do dia, os mais de 20 graus que se sentiam lá dentro demonstravam bem o calor que tinha estado naquele primeiro dia de Agosto.

Fomos direitos à cozinha, o gelado que se encontrava há apenas dois dias no congelador chamou-nos, depois de várias horas sem comer não fomos capazes de resistir.

Ela sentou-se na mesa preta, quadrada, que se encontrava mesmo no centro da cozinha, com um ar expectante, a abanar levemente as pernas, como uma cachopa à espera de um doce.

Pela janela via-se o sol que estava quase a dar lugar à lua.

Ela sorriu e fez um ar de quem estava curioso, deve ter achado estranho a forma como olhei para ela…

Tão bonita com aqueles cabelos compridos revoltos, olhar doce mas vivo e uma pele clarinha mais suave que a de uma bebé.

Uma onda de calor percorreu-me todo o corpo e naquele momento soube que não podia esperar mais, aquela era a mulher que eu queria, não apenas naquele momento, mas para passar o resto da vida ao meu lado.

Estava apenas a dois passos dela mas o meu coração deve ter batido mais de 100 vezes.

Sem nunca tirar os olhos dela aproximei-me, com a minha mão esquerda puxei-a levemente para mim, a mão direita deslizei-a pelos cabelos dela até lhe apoiar a cabeça.

Quando os meus lábios encontraram os dela o tempo parou.

Nos primeiros instantes a mistura de ansiedade, a excitação de a estar a beijar e a sensação daquela boca na minha deixaram-me completamente embriagado de emoções.

De repente com àquele enorme prazer misturou-se com um medo terrível que tudo fosse acabar e que ela ficasse chateada comigo, mas em vez disso senti a mão dela a puxar-me ainda mais para ela e nesta altura soube o que era a verdadeira felicidade.

Parecíamos dois putos a descobrirem os corpos um do outro.

Depois de vários minutos na cozinha peguei nela e levei-a para o quarto, durante todo o tempo os nossos olhares foram fixados um no outro, não dissemos nada, não havia mais nada para dizer, ambos sabíamos a importância do significado daquilo que estava a acontecer e ambos queríamos aproveitar cada momento.

Deitei-a na cama, tirei a t-shirt preta que tinha vestida, deitei-me sobre ela e voltei a perder-me naqueles lábios.

Queria sentir a pele dela na minha. Passei a minha mão pela perna dela e tirei-lhe o vestido curto com que me tinha andado a torturar todo o dia.

Ao ver a lingerie era roxa, muito bonita e requintada, entretive a imaginação a pensar que se calhar a tinha vestido para mim.

Passei-lhe a minha boca pelo pescoço e senti-a arquear por baixo de mim, soltou um pequeno gemido, que a deixou levemente corada. Pela forma como a beijei logo a seguir tenho a certeza que percebeu o como me tinha acabado de excitar.

Tentou desapertar-me as calças com, alguma dificuldade e eu dei uma ajuda. Depois de me despir por completo olhei para ela, tirei-lhe aquelas pequeninas cuecas roxas e beijei-a novamente.

Com uma mão descobri o fecho dos soutien e desapertei-o sem dificuldade. Senti-me orgulhoso e tive a certeza que depois de não ter falhado aquela tarefa já nada poderia tornar aquele dia menos que perfeito.

Ela meteu as mãos em volta do meu corpo e puxou-me para ela enquanto nos beijávamos mais uma vez.

Encontrei o caminho para ela, os nossos corações batiam os dois descompassados no mesmo compasso.

Lentamente fui deixando que se habitua-se a ter-me dentro dela, cm a cm fomos conquistando o caminho do prazer. Finalmente nós dos dois éramos apenas um.

Daquela primeira vez fizemos amor. Comigo por cima dela descobri o que era sentir e ouvir o prazer de a ter para mim…

Já com ela nos meus braços disse-lhe finalmente “EU AMO-TE”.

Ela sorriu, e disse “eu também te amo” e adormeceu no meu abraço.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Eu e as redes sociais!

Desde os primórdios do aparecimento das redes sociais que são um mundo no qual me sinto um bocadinho alien.
Acho que o meu insucesso no meio começou no mirc, esticou-se para o facebook e tornou-se algo mesmo patológico quando tentei jogar 2 ou três jogos daqueles em que é suposto interagirmos com pessoas reais.
Parece-me no entanto que o início desta disparidade no tipo de relacionamentos que mantenho sobre a linha telefónica já começou ainda antes, com a minha antiga dificuldade de resolver assuntos pelo telefone.
No auge dos meus 20 anos tinha uma dificuldade enorme em falar com pessoas pelo telefone, depois passou-me mas ainda deve ter por cá ficado um restício do bichinho.
A ideia de que temos que ser todos iguais não é apenas um bocadinho parva é mesmo ridícula, é aquilo que nos torna diferentes um dos outros que nos torna "competitivos" na vida, não no sentido de andarmos a tentar ser melhores uns que os outros, mas na medida em que é aquilo que vai fazer outras pessoas acharem-nos interessantes.
Curiosamente as relações sociais estão feitas de forma de tal maneira engenhosa (quer-se dizer, pelos vistos nós já andamos nisto à mais de 2.5 milhões de anos, já houve tempo de aperfeiçoar as coisas)que normalmente aquelas pessoas que se interessam pela nossa estranheza são aquelas pessoas com quem os nossos relacionamentos têm mais probabilidade de ser bem sucedidos.
Depois de alguns minutos de vitimização, daquela a sério "eu nem para ser interessante no facebook presto" "sniff" assentei finalmente os pés na terra.
Se eu não gosto de brincar ao faz de conta, sem ter um computador entre mim e as outras pessoas, porque é que ainda tento?
De certeza que não haverá no mundo falta de pessoas dispostas a vestirem-se de forma medieval para irem fazer um piquenique em plena Serra de Sintra!
Talvez seja um bocadinho excêntrico é verdade, mas é-me sem dúvida mais apelativo.
Se calhar a culpa é dos meus pais, que me deram o primeiro video jogo (uma supermegason!!!!) quando já tinha uns 11 anos e o primeiro computador aos 13.
Aquelas tardes a brincar ao robin dos bosques, a tentar passar canas com penas de galinha por entre dois troncos de uma árvore, pelos vistos fizeram alguma moça!
Acho que em vez de jogar a vida num jogo, vou fazer da minha vida um jogo.
A vida é como a grande maioria dos mmorpg (aqueles jogos em que há muita gente ao barulho)não é possível ganhar, mas é possível alcançar inúmeros objectivos, e ir colocando a fasquia cada vez mais alta.
De que maneira viveria a minha vida se não tivesse que ter medo do dia de amanhã?
O potencial da resposta a esta pergunta é enorme, nas próximas encruzilhadas tenho de experimentar alguns atalhos. Se correr mal improvisa-se.