sábado, 8 de janeiro de 2011

Eu e as redes sociais!

Desde os primórdios do aparecimento das redes sociais que são um mundo no qual me sinto um bocadinho alien.
Acho que o meu insucesso no meio começou no mirc, esticou-se para o facebook e tornou-se algo mesmo patológico quando tentei jogar 2 ou três jogos daqueles em que é suposto interagirmos com pessoas reais.
Parece-me no entanto que o início desta disparidade no tipo de relacionamentos que mantenho sobre a linha telefónica já começou ainda antes, com a minha antiga dificuldade de resolver assuntos pelo telefone.
No auge dos meus 20 anos tinha uma dificuldade enorme em falar com pessoas pelo telefone, depois passou-me mas ainda deve ter por cá ficado um restício do bichinho.
A ideia de que temos que ser todos iguais não é apenas um bocadinho parva é mesmo ridícula, é aquilo que nos torna diferentes um dos outros que nos torna "competitivos" na vida, não no sentido de andarmos a tentar ser melhores uns que os outros, mas na medida em que é aquilo que vai fazer outras pessoas acharem-nos interessantes.
Curiosamente as relações sociais estão feitas de forma de tal maneira engenhosa (quer-se dizer, pelos vistos nós já andamos nisto à mais de 2.5 milhões de anos, já houve tempo de aperfeiçoar as coisas)que normalmente aquelas pessoas que se interessam pela nossa estranheza são aquelas pessoas com quem os nossos relacionamentos têm mais probabilidade de ser bem sucedidos.
Depois de alguns minutos de vitimização, daquela a sério "eu nem para ser interessante no facebook presto" "sniff" assentei finalmente os pés na terra.
Se eu não gosto de brincar ao faz de conta, sem ter um computador entre mim e as outras pessoas, porque é que ainda tento?
De certeza que não haverá no mundo falta de pessoas dispostas a vestirem-se de forma medieval para irem fazer um piquenique em plena Serra de Sintra!
Talvez seja um bocadinho excêntrico é verdade, mas é-me sem dúvida mais apelativo.
Se calhar a culpa é dos meus pais, que me deram o primeiro video jogo (uma supermegason!!!!) quando já tinha uns 11 anos e o primeiro computador aos 13.
Aquelas tardes a brincar ao robin dos bosques, a tentar passar canas com penas de galinha por entre dois troncos de uma árvore, pelos vistos fizeram alguma moça!
Acho que em vez de jogar a vida num jogo, vou fazer da minha vida um jogo.
A vida é como a grande maioria dos mmorpg (aqueles jogos em que há muita gente ao barulho)não é possível ganhar, mas é possível alcançar inúmeros objectivos, e ir colocando a fasquia cada vez mais alta.
De que maneira viveria a minha vida se não tivesse que ter medo do dia de amanhã?
O potencial da resposta a esta pergunta é enorme, nas próximas encruzilhadas tenho de experimentar alguns atalhos. Se correr mal improvisa-se.

1 comentário:

  1. Piquenique com fatos medievais em Sintra? I'm *soooo* in!

    (Estás a ver.. depois há seres afortunados como eu que conseguem ter um pé nos dois mundos...d esde que não tenham de lidar com pessoas. Aliens tudo bem... pessoas é que não!)

    ResponderEliminar