segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O meu plano...

Depois de algum tempo à deriva finalmente tenho um plano!
Ou pelo menos é essa a imagem que faço passar a quem me rodeia.
Quando era pequenito tinha medo que o mundo acabasse no ano 2000, não andava permanentemente em pânico, nem sei se me lembrei disso muitas vezes mas lembro-me distintamente de ter uns 8 anos e estar a fazer contas para ver se teria 18 anos nesse ano!
Sabem por que é que queria ter 18 anos no ano 2000? Queria tirar a carta, conduzir um carro.
Sonho simples, um objectivo perfeitamente tangível, que levei comigo até ao dia em que finalmente comecei a aprender a conduzir.
Felizmente o mundo não acabou com o passar do milénio, porque se tivesse nunca teria tido a oportunidade de realizar esse sonho.
Ainda hoje conduzir é sem dúvida uma daquelas coisas que adoro fazer!
Não me importava que hoje as minhas expectativas para o futuro fossem assim tão fáceis de explicar.
Depois de um período mais atribulado em que andei perdido a tentar encontrar o rumo da minha vida, parece que finalmente estou de volta ao volante, e que acho que sei para onde quero ir.
Não se enganem, achar que sei para onde quero ir é incrivelmente melhor do que ir apenas ao sabor da corrente, a diferença é mais ou menos como ir em piloto completamente automático e não poder fazer nada, ou ir na mesmo em piloto automático mas poder fazer alterações nos controlos do avião. É verdade nem num nem no outro caso sou eu que estou a pilotar o avião mas na segunda opção pelo tenho a sensação que sou responsável pela rota que levo.
No outro dia perguntaram-me: "How it feels to be on track".
Já foi à 2 dias mas a pergunta tem-me ficado atrás da cabeça...
É muito agradável ter uma coisa (a universidade) que me faz bem ao ego, tenho utilizado o facto de andar a tirar boas notas para me sentir bem. Tenho conseguido superar uma das minhas dificuldades sociais e parece-me que até me tenho misturado bem na amalgama de pessoas que agora me rodeiam, é claro que também tenho atirado alguns daqueles tiros completamente ao lado, mas têm passado despercebidos na maior parte das vezes.
Mas quanto ao plano, aquele grande plano, a parte do casar (ou não), uma casa com uma cerca branca de madeira, uma mulher que quero beijar a toda a hora e 2 ou três cachopos a correr por todo o lado... essa parte, não faço a mínima ideia como realizar.
Por isso a resposta à pergunta teria que ser algo do género: "sabe tão bem, passar cada dia e saber para onde vou, sem problemas daqueles grandes para resolver, saber que se fizer a minha parte o dia vai acabar com aquela sensação de dia que valeu a pena, mas ainda assim ainda tenho uma parte para resolver, que algumas vezes me inquieta. Como é que raio é que num mundo com 6 biliões de pessoas vou encontrar alguém que eu ame e queira que eu lute por ela porque também me quer a mim?
Eu sei a teoria, basta ser como sou, quando a encontrar não ser pancona e ficar à espera que as coisas aconteçam enquanto estou demasiado entretido a desculpar-me para "não os ter no sítio", estar atento e deixar a vida correr. Agora na prática existem várias variáveis que não controlo e isso inquieta-me.
Portanto o meu plano é levar a minha vida na direcção da minha realização profissional e aumentar a minha rede social, parece-me um plano bastante bom que até ao momento está a correr muito bem.
Tenho consciência que para a minha realização pessoal esta não é a parte mais importante, mas temos que jogar com as cartas que temos na mão e ter um bocadinho de fé no baralho.
A incerteza pode corroer-nos as entranhas mas é também ela que nos faz acreditar que tudo é possível!


4 comentários:

  1. Ando a gostar de ler os teus textos. Quando descobrires a fórmula certa para a felicidade no campo amoroso, é favor informar ;)

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  2. A palavra panconha passou a ser um dos meus insultos predilectos.
    Quanto ao rumo do avião... lembra-te só de ter cuidado com as moscas e aprecia a paisagem. Ouvi dizer que é assim que se chega aos destinos mais desejados.

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  3. Balada da minha Alma: que maravilha vai ser descobrir essa formula, já estou a imaginar o quão rico vou ficar a vender essa informação preciosa, mas a ti eu conto-te em segredo!

    Ana dos cabelos da cor que calha: Também já ouvi dizer que o mais importante era aproveitar a viagem e não dar muita importância à destino.
    Acho que vou seguir o teu conselho... desviar-me das moscas e apreciar a paisagem!

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  4. Traveler,

    fico a aguardar ;)

    E já agora, só porque me apetece...FELIZ NATAL!

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