domingo, 19 de dezembro de 2010

Saber amar...

Não, este post não inclui ninguém a cantar a bela música que os delfins imortalizaram, não pelas melhores razões diga-se.
Gostar de alguém ou de alguma coisa é uma capacidade completamente inata do ser humano.
Muito pouco tempo depois de ter nascido um bebé demonstra preferência pela mãe em detrimento dos outros seres humanos, e pelos vistos, segundo alguns estudos, algum tempo depois começa a preferir caras mais simétricas por oposição a rostos menos simétricos!
À medida que vamos crescendo esta capacidade vai-se apurando, com a nossa experiência e o nosso desenvolvimentos psico-social, criamos as ferramentas para distinguirmos entre coisas e pessoas que gostamos e que não gostamos.
Dentro do gostar algumas pessoas têm uma gaveta muito especial, o amar!
Não se trata do amor pelos filhos ou os pais, nada tem a ver com laços de sangue, estou a falar daquele amor que se sente por um desconhecido, alguém que nada tem a ver connosco.
Basta entrarmos em qualquer biblioteca para encontrarmos centenas se não milhares de livros a falar deste sentimento, o amor!
Uma vez li num sítio qualquer, ou ouvi dizer que existiam mais filmes realizados e livros escritos sobre Jesus Cristo do que sobre qualquer outra personagem da história, mas sabem que mais? Tenho a certeza que este número é largamente ultrapassado pelos livros e filmes em que o tema principal é o amor.
O ser humano é capaz de lutar por amor, matar por amor e até mesmo morrer por amor.
O amor é um vício, não apenas em sentido figurado mas literalmente, a pessoa embriagada por ele sente uma sensação de euforia e prazer semelhante a de alguém que acabou de injectar uma dose de heroína. A mistura de hormonas desencadeada por ele estimula o centro da recompensa no nosso cérebro, exactamente a mesma região que é estimulada pelas drogas.
Mas será que é fácil amar?
As drogas são perigosas e o amor não é excepção, ele provavelmente já matou mais pessoas que as duas bombas atómicas que foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki juntas.
Nem todos sabem amar, apesar de não ser algo que se aprende, é algo que se treina, na minha opinião.
Uma das características mais importantes deste sentimento é a sua dualidade, amor precisa de amor para sobreviver.
Tal como nós humanos precisamos de um par para nos podermos perpetuar, com o amor acontece a mesma coisa.
Alguém que ama precisa de ser amado, e é por isso que mostrarmos a quem amamos o que realmente sentimos é tão importante.
O amor é uma sentimento "de mãos à obra", a teoria é muito bonita mas sem a prática de nada vale. Vamos mostrar a quem amamos aquilo que realmente sentimos. Pode e deve ser com gestos minúsculos e com pormenores insignificantes.
Não é preciso preocuparmos-nos em fazer tudo bem, em sermos a pessoa perfeita, não somos, ninguém é, mas se amarmos vamos ter quem nos ame em retorno, porque esta é outra característica deste estranho sentimento que trilha tantas vezes o caminho da nossa vida.
O amor consegue tornar fértil mesmo o terreno mais estéril.
Sabe tão bem amar!

2 comentários:

  1. "Mão à obra" parece-me uma descrição muito correcta. Ás vezes até é preciso o belo do capacete amarelo e tudo.
    Ah... e onde há obras há piropos de trolha. Just saying.

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  2. lol.
    Portanto o ideal será arranjar um daqueles penicos amarelos que se usam na cabeça, virados ao contrário, e procurar trabalho nas obras. Bem pelo menos fico com um curso intensivo de piropos de trolha.

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