sábado, 2 de outubro de 2010

Amor rastilho...

Um dos blogs que leio com maior assiduidade é o shiuuuu.
Um dos últimos posts que li, tem a ver com o desafio "interpretações do amor" em que as pessoas escrevem um pequeno texto ou enviam uma imagem que ilustre a sua interpretação do amor.
Um dos últimos é de uma rapariga, supostamente novinha, a dizer o quanto ama o namorado e o quão importante ele é para ela, e que apesar de ser muito nova sente que ele é o tal.
Nos posts que acho mais interessantes, mesmo que não os comento, costumo espreitar a caixa de comentários e é tão triste ver a forma como algumas pessoas vêm o mundo que as rodeia.
Temos aqui uma rapariga que sente que ama, que quer partilhar todos os momentos com a pessoa que acredita ser a sua cara metade, aquela única pessoa capaz de a fazer feliz e em 8 comentários temos 6 de pessoas a dizer que ela é muito nova, que no início é sempre assim, e que mais tarde ou mais cedo vai acabar, porque acontece a todos quando são novos encontrarem o amor verdadeiro e que todos acabam!
Será que nos dias que correm toda a gente acredita que o amor é um rastilho que pode ir ardendo mais depressa ou mais devagar, mas que eventualmente se apaga? Será que todos os relacionamentos têm de acabar em desgraça?
Não pensem que sou ingénuo, também já disse todas estas coisas em relação a uma mulher e hoje estou sozinho, o que quer dizer que efectivamente nos enganamos mas será isso razão para vivermos os relacionamentos por metade, razão para quando partilhamos a nossa vida com alguém termos cuidado porque amanhã pode acabar?
Se pensamos que não vamos longe e que é uma questão de tempo até cada um ir para seu lado, então mais vale nem começarmos, porque apenas vamos estar a desperdiçar tempo, tanto o nosso como o da pessoa com quem nos vamos envolver.
Acho que para a maior parte de nós nos faz muita confusão vermos duas pessoas que dizem que se amam de verdade, temos inveja porque também queremos um bocadinho da felicidade delas e sentimos-nos incompetentes por não sermos capazes de a encontrar.
Se aquelas duas pessoas se vão amar a vida toda? Não faço a mínima ideia. É verdade que não é algo comum, mas é algo possível.
Eu prefiro ser um louco que acredita no amor, que uma pessoa incrivelmente sensata que tem cuidado para não se magoar!

2 comentários:

  1. Do fundo do meu coração: Obrigada!
    Obrigada por publicares isto, porque finalmente leio que outra pessoa é como eu! Esses mal amados que atiram os outros ao chão só porque não conseguem ser felizes irritam-me profundamente!

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  2. ;)
    Às vezes são difíceis de encontrar, mas os outros como nós andam por aí perdidos na multidão.
    É caso para se dizer que somos poucos mas acreditamos no amor, o que é que posso dizer mais?

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